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segunda-feira, junho 06, 2011
Hino da alegria
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terça-feira, maio 24, 2011
Suborno em Portugal
sábado, abril 23, 2011
CRISTO RESSUSCITOU ALELUIA
quinta-feira, março 31, 2011
Adeus "Pequenina"
Uma saudação amiga a todos aqueles que têm acompanhado este espaço e o meu obrigado pelas visitas que continuam a fazer. Sou eu que estou em falta, pois não tenho mantido a regularidade presencial. Voltei hoje, talvez para fugir um pouco à mágoa sofrida, mas é uma forma de reflectir um pouco convosco e comigo próprio. A foto que aparece em cima é de uma gata que recolhi há cerca de dois meses, de raça siamesa, mas que não aparentava estar mal tratada. Inicialmente era bastante esquiva, mas com o decorrer do tempo começou a revelar uma meiguice enternecedora. Os animais gostam de quem os acarinha e esta gatinha reconhecia quem era amigo. Gostei dos momentos em que lhe prestei os meus cuidados, não dou esse tempo por perdido. Hoje, após regressar do café onde fui tomar a “bica” deparei com ela sem vida em pleno asfalto em frente à minha residência. Algum carro que passou e atropelou a “Pequenina”. Foi um choque quando peguei nela e lhe prestei os cuidados finais, afinal senti um aperto interior que não esperava e fiquei triste, bastante triste por perder uma companhia a quem já dedicava amizade. Todos sabemos que qualquer vida tem um final, a dos animais é idêntica à nossa e por isso temos que o aceitar, mas o que me custou foi a forma como aquele animal encontrou o seu fim. Não sei como foi atropelada, mas é fácil de perceber que não deveria ter acontecido necessariamente assim. Há condutores que não têm sensibilidade e não tomam as devidas precauções para evitar o pior. É para isso que eu queria alertar, os animais também são humanos, devem merecer o respeito de todos, porque quem não respeita um animal dificilmente pode respeitar as pessoas. Ser amigo dos animais apenas revela bom carácter e uma forma natural de respeitar toda a criação de Deus. Desculpai-me o desabafo, mas há coisas que devem ser ditas. Obrigado pela vossa atenção.
sábado, janeiro 02, 2010
Paz na Terra
Devido a afazeres profissionais estive algum tempo ausente deste espaço, mas é com o maior prazer que volto ao convívio com todos vós.
terça-feira, setembro 15, 2009
Dia Nacional da Saúde
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Com a queda do Governo do Dr. Oliveira Salazar no ano de 1974, muito mudou em Portugal.
A implantação de novo regime, mesmo que imposto pelas armas, veio trazer uma nova abertura à sociedade portuguesa.
O país carecia de reformas, sobretudo políticas, dado que no aspecto económico houve um trabalho sensato por parte do Governo chefiado por Marcelo Caetano, sobretudo a partir de 1972 e que estava a conduzir Portugal numa via de consolidação do crescimento e bem-estar.
Aquilo que começou por ser uma reivindicação de uma parte da classe militar - dos capitães do exército -, tornou-se rapidamente em movimento de contestação ao regime vigente na altura.
O dia 25 de Abril de 1974 ficará assinalado na história do nosso país como a data da revolução dos cravos - chamada dos cravos, porque foi pacífica, ou seja, não chegou a haver confronto militar entre revoltosos e forças do Governo de então.
O quartel do Carmo em Lisboa foi o local onde se deu a rendição de Marcelo Caetano perante o general António de Spínola, membro da Junta de Salvação Nacional, entidade constituída para dirigir a governação do país.
Desde esse dia Portugal conheceu novos governantes, nova Constituição – de índole comunista, pois o Partido Comunista Português era a única força política devidamente organizada em Portugal (com excepção da União Nacional, o partido que apoiava Salazar) e dominava quer os militares, quer os políticos de então.
Tal domínio permitiu-lhes elaborar uma constituição segundo os seus princípios em 1975 (convém não esquecer que os deputados constituintes chegaram a ser sequestradas dentro da própria Assembleia da República, episódio que manchou aqueles que clamavam por democracia) e que passou a reger este país.
Um dos objectivos da Constituição de 1975 era o “rumo para o socialismo”, um caminho concreto para a implantação de um regime comunista em Portugal e apenas afastado com o levantamento dos militares em Novembro desse mesmo ano.
Essa clausula foi retirada bastantes anos mais tarde, hoje, embora a Constituição ainda mantenha a espinha dorsal de 75, não prevê esse item.
Uma das reformas mais aplaudidas foi a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que ainda hoje vigora, apesar de já ter sofrido alterações.
A 15 de Setembro de 1979, a Lei nº 56/79 criou no ordenamento jurídico português o SNS, consagrando os princípios da liberdade de escolha, universalidade e tendencial gratuitidade do acesso aos cuidados de saúde, bem como o direito à saúde para todos os cidadãos.
O Dia Nacional do SNS foi criado através de um despacho publicado no Diário da República de 9 de Setembro e surgiu na sequência da celebração dos 30 anos do SNS, comemorado pelo Ministério da Saúde no dia 8 de Julho sob o lema "Garantir o futuro". A data será comemorada anualmente, a 15 de Setembro e bem, pois será uma forma de lembrar algo de bom que a revolução dos cravos nos trouxe e que deve ser acarinhada por todos nós, pois agora é um direito do povo que deve ser respeitado por todos, inclusive pelos Governantes deste país.
terça-feira, junho 30, 2009
Alegria de voar
Começou por arranjar aviões de papel e passava o tempo a entusiasmar os colegas de brincadeira no jardim a fazer competições, o objectivo era para ver quem o conseguia atirar mais longe.
Mais tarde, começou a fazer papagaios de papel, de cores garridas e longas caudas, era vê-lo a levantar o papagaio, a correr, correr cada vez mais, para que ele voasse o mais alto possível.
Naquela tarde, passara horas seguidas até conseguir ver o seu papagaio bem alto, quase a perder de vista, para alegria dos seus companheiros, e com um gozo sem fim, ele gritava: consegui, olha como o meu papagaio voou mais alto que todos, não é uma maravilha, perguntou. Os colegas de brincadeira acenavam que sim e todos queriam pegar no papagaio e correr um pouco.
Chegou a noite e o nosso André foi para casa e disse à mãe: mamã, hoje fiz um papagaio que voou até às nuvens, devias ter visto! Foi tão lindo.
Depois de jantar, vestiu o pijaminha, escovou os dentes e foi deitar-se. Nessa noite, sonhou tanto que no dia seguinte não foi capaz de descrever à mãe tudo o que havia passado, mas ainda conseguiu lembrar-se de algumas coisas.
Houve uma que não esqueceu e contou à mãe. Sabes, mamã, eu sonhei que tinha um guarda-chuva e que com ele voava como o Peter Pam, fui para muito longe, uma terra linda, com muitos lagos e patos, muitas flores e borboletas de todas as cores, era tão belo mamã, como eu gostava de lá estar.
Quem diria que um guarda-chuva faria uma criança tão feliz, pensou a mãe, sorrindo e afagando com carinho a cabecita do André.
Este texto que produzi, meio conto e ficção, faz parte da blogagem colectiva do "Desafio Lúdico III", proposta do "Anseios da Alma".
terça-feira, junho 09, 2009
A minha aldeia
O desafio foi lançado pela Susana, do "Aldeia da minha vida"e estou a corresponder. Para isso tive que ir ao meu baú de recordações, o mesmo é dizer, ao meu álbum de fotos. Aqui temos uma fotografia de Setembro de 1962 tirada no dia da festa da Padroeira N.S. da Lapa que se comemora a 8 de Setembro. Trata-se de uma capela que existe na freguesia de Lagares, concelho de Penafiel e a cerca de 30 km do Porto. A foto é original, fui eu que a "bati". Após esta data, poucas vezes voltei à "minha" aldeia de nascimento, pois a vida de mais de cinquenta anos (como o tempo passa...) foi por outras paragens. Contudo, confesso que muitas vezes me assaltou a saudade desses tempos maravilhosos da minha infância, apesar de terem sido difíceis. Recordo-me ainda de vários pormenores desses tempos, como o ir até à ribeira e procurar o peixe - e apanhá-lo à mão - em límpidas águas - (não havia a poluição de hoje), subir às árvores para apanhar fruta (nem que fosse dos lavradores próximos), de correr descalço pelos caminhos (sapatos não eram precisos...) e tantas outras coisas como as brincadeiras (lembram-se do jogo da macaca?), as corridas, as bulhas com os colegas. Tempos nunca esquecidos, mas que jamais voltam. Recordo a minha aldeia com alguma saudade, sobretudo porque foi um tempo que vivi despreocupadamente. Hoje, faço parte de uma aldeia global, mas as recordações da aldeia da minha infância perduram.
Postagem integrada na Blogagem Colectiva de "Aldeia da minha vida"
domingo, maio 24, 2009
Dia Mundial das Comunicações Sociais
Esta é a mensagem que partilho com todos vós, tendo em vista um Mundo mais solidário e pacífico.
Este pequeno espaço é um meio de comunicação social pessoal. É a partir deste cantinho que eu, enquanto profissional de comunicação social, vou escrevendo o meu sentir das coisas e da vida de um modo simples e sem pretensões.
Para além deste meio, tenho outros onde presto o meu trabalho e dele sobrevivo, contudo, a ética jornalística está presente em todos eles.
Hoje, de uma forma especial saúdo todos aqueles que, como eu, procuram levar ao público o seu trabalho digno e sério, os inúmeros colegas jornalistas espalhados por todo o Mundo, incentivando-os a lutar sempre pela dignidade da profissão e pelo público que servimos.
Eduardo Santos
sexta-feira, maio 15, 2009
Algures numa ilha deserta
Assim, sem mais e com aviso prévio, as Tertúlias Virtuais promovidas pelo “Expresso da Linha” e “Varal de Ideias” dão o mote para o tema de Maio. Confesso que é um desafio, apesar de ser uma brincadeira, e como tal vou encará-la, pois para mim – e certamente para a maioria das pessoas - passar 10 anos numa ilha deserta do Pacífico, está fora de causa.
Por isso, vamos fazer de conta e embarcar para esta viagem e partir do princípio que é uma ilha deserta, mas com vegetação, água e afins.
Vou enumerar as cinco coisas sem qualquer critério de prioridade.
- Calção
- Caixa de fósforos
- Caderno
- Lápis
- O pior Governante da Terra
Agora vamos por partes. A sobrevivência talvez ficasse assegurada, com um bocado de sorte, embora com consequências imprevisíveis. Escrevia um livro e se ele não fosse um êxito, eu seria um herói, pois ao levar comigo o pior governante do Planeta salvava milhões de pessoas que poderiam ficar eternamente gratas ou não.
Não me perguntem o que eu faria ao político, porque eu não digo.
Mas agora e provocando um pouco, que lhes parece a minha opção?
quinta-feira, abril 23, 2009
A minha cerejeira
Esta conversa teve lugar há cerca de 35 anos, é a idade desta árvore. O amigo que me presenteou já não está entre nós. Paz à sua alma.
Plantei a árvore, tratei-a e ela foi crescendo. Talvez ao quarto ou quinto ano, não posso precisar, começou a dar fruto. Uma cereja de casta pequena, mas muito saborosa. Ao longo dos anos e consecutivamente, fui acompanhando a vida da árvore, regando-a, fazendo a poda e apanhando o seu fruto. Mas creiam que me tem dado bastante trabalho, muitas horas ocupadas só para ela.
Após o Outono ela fica despida, sem folhas e na Primavera começa a florir - fica linda, toda de branco, tal como uma noiva - e a nascer a folha. Seguidamente vêm as abelhas que, de flor em flor, vão transportando o pólen para que ela possa dar fruto.
Em Abril começam a aparecer as pequeninas cerejas que, lentamente, crescem e a sua cor vermelha parecem salpicos entre o verde das folhas, uma imagem deveras interessante.
Depois de meados de Maio já há frutos amadurecidos, mas ainda antes já os pássaros as descobriram e com elas se vão banqueteando. Quando o ano é de pouca cereja, eu tenho de me contentar com aquelas que eles deixam. Assim que as cerejas começam a pintar, tenho imensos “amigos” de asas que fazem da minha cerejeira o seu local de refeição. É uma cerejeira grande, normalmente dá bastante cereja, mas a verdade é que são poucas para tantos visitantes.
Passam diariamente pela cerejeira centenas de melros, pardais e outras aves. Durante cerca de um mês, é ali que comem, mas em contrapartida – e talvez como agradecimento – deixam o seu cantarolar. Os melros, por exemplo, deixam melodiosos sons que é um prazer para os sentidos. Comem-me as cerejas, mas dão-me música, ficamos quites.
Perante tantos visitantes, este ano decidi fazer um boneco e colocá-lo no topo da árvore, para ver se eles se assustavam e não me comiam tantas cerejas. Puro engano, de pouco ligaram ao boneco, comeram na mesma, não valeu o trabalho. Mesmo assim, este verão apanhei bastantes cerejas, pois a quantidade produzida foi muita.
Findo o verão e com o Outono à porta começa a folha a envelhecer, apresentando um colorido acastanhado e lentamente, com a ajuda do vento, vai caindo até ficar completamente sem nada. São centenas de milhares de folhas que eu vou apanhando ao longo de um mês. Quase todos os dias tenho que as varrer e apanhar.
Hoje estamos a comemorar o dia da natureza, não fiz nada de especial para esta ocasião, mas quis colaborar com todos aqueles que amam a natureza e a protegem, narrando uma história verídica que é a da minha cerejeira. Desta forma, podereis ficar a conhecer um pouco melhor a vida desta árvore, igual a tantas outras, mas diferente de todas, tal como cada um de nós.
A mãe natureza é única e essencial para o planeta, daí deve advir o nosso empenho na sua preservação, cuidando de manter tudo o que de mais belo e necessário ela possui, pois só assim temos direito a usufruir em pleno do magnífico paraíso em que Deus nos permite viver.
sábado, abril 18, 2009
Dormir a sesta
Foto de Dra sick Love
Sabia que dormir a sesta faz bem? Noutros tempos também já dormi a sesta, sei que pode ser agradável, não sabia é que faz bem à saúde e mas não só. Há médicos que aconselham seus doentes nesse sentido, segundo parece, é terapêutico. O que me surpreendeu no Diário de Notícias de hoje foi a notícia de que na Dinamarca querem impor a sesta como obrigatória, sobretudo para os trabalhadores que laboram por turnos. Vou citar a notícia “Os trabalhadores de turnos da Saúde e Assistência Social do norte da Dinamarca vão ter direito a um período de 20 minutos de sesta remunerada no trabalho, noticiou a TSF. Copenhaga quer alargar a medida a todo o país se o resultado for positivo.
A soneca paga é já oferecida por 1800 empresas, que tiveram aumentos de rentabilidade e redução drástica de acidentes de trabalho e faltas por doença. O pacote prevê ainda um dia de baixa por morte de animal doméstico”, fim de citação.
A medida parece interessante, mas será que em tempos de crise vingará? Na Dinamarca acredito que sim, mas em Portugal também será possível e remunerada? Porque não? Deixo o desafio.
Já agora e a “talho de foice” sabe que em Portugal há uma Associação de amigos da sesta? Para a conhecer, tem aqui o link : Amigos da sesta Bom proveito.
quarta-feira, abril 08, 2009
Feliz Páscoa
segunda-feira, março 09, 2009
Pobreza envergonhada
O que é a pobreza envergonhada? São pessoas como nós que perderam a sua estabilidade de vida, mas têm de continuar a sobreviver e cumprir as obrigações assumidas.
Porquê este novo foco de instabilidade que vai levar à degradação social?
Deve-se, essencialmente ao desemprego, não apenas em Portugal, mas em todo o Mundo, que resvala vertiginosamente a cada minuto que passa. Parecendo uma afirmação catastrófica, não passa de mera constatação da realidade que neste momento estamos a sentir e cuja gravidade está longe de ser conhecida.
O direito ao trabalho continua a ser isso mesmo, um direito, e devidamente reconhecido, mas tantas vezes esquecido por aqueles que o devem promover e respeitar.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem diz no artigo 23º: “Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à protecção contra o desemprego. Toda a pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.Toda a pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de protecção social”.
Este novo tipo de pobreza é algo que nos devia deixar envergonhados a todos nós, mas se tal não acontece, algo não está correcto e por isso é nosso dever reflectir sobre ela e de alguma forma, dar contributo para a minorar.
Não estou a escrever isto fazendo retórica, não, eu sei pela experiência adquirida o que é, e portanto sinto-me à vontade para encetar esta conversa com cada um de vós que me lê neste momento.
Vou procurar transmitir-vos a extensão e gravidade deste problema que atinge a nossa sociedade e é uma forma de, também eu, relembrar o meu dever de cidadania, sentindo-me feliz por ter esta oportunidade para o fazer.
Estamos a falar de pessoas como nós, que têm família constituída ou já desfeita, que tinham uma vida estável, com carro, casa, telemóvel, um emprego; homens ou mulheres, com idades entre os 30/40 anos, grande parte com cursos superiores que, de um momento para o outro, perderam a sustentabilidade de um emprego ou empresas que geriam, caindo no declive da miséria humana mais atroz: a fome.
Porque não têm emprego ou outro meio para fazer face aos compromissos, cortam no mais básico ao ser humano: o alimento diário.
Muitos tem filhos e/ou outros dependentes e é para eles que canalizam o pouco que auferem, quando o conseguem; perderam quase tudo, mas mantêm a dignidade.
São pessoas que não dão a cara, têm vergonha de expor a situação aflitiva que vivem e muito menos perante aqueles que conhecem, propiciando já uma pobreza espiritual muito íntima. Estes novos pobres só procuram ajuda quando já estão desesperados.
Nesta ocasião há quem peça comida, mas também ajuda para pagar a prestação da casa, a renda, água, luz, medicamentos, etc.
Já há quem trabalhe como outrora: fazem horas e recebem em troca alimentos como: massa, arroz, azeite e outros produtos de primeira necessidade.
O seu número começa a ser assustador em Portugal, sobretudo dentro das cidades de Lisboa e Porto, nos subúrbios daquelas, e agora já há focos de situações idênticas por todo o país. Calcula-se em 300 mil almas apenas nas cidades e arredores mencionadas.
Esta situação verifica-se há cerca de uma década, tem aumentado diariamente e não sabemos como irá acabar, tendo em conta a situação do país.
Há organizações e entidades a trabalhar para minorar este flagelo: Misericórdias (IPSS), Banco Alimentar, Cáritas, paróquias, juntas de freguesia, organizações não governamentais, instituições de solidariedade social e outras atentas a esta situação. Contudo, são insuficientes perante o crescente número de pessoas necessitadas.
A pobreza em Portugal é, segundo os últimos números do Instituto Nacional de Estatística (INE), de dois milhões de pessoas (rendimentos abaixo de 360 Euros mensais). É uma crise económica que vivemos que em breve se poderá assumir como crise alimentar.
Fernando Nobre da Assistência Médica Internacional (AMI) diz: “o combate à fome, à pobreza e à exclusão tem de ser um desígnio nacional”.
Este é o quadro existente em Portugal até final do ano de 2008, quanto ao futuro, as perspectivas são cada vez mais negras, pois o Governo não tomou ainda as medidas necessárias e suficientes para combater este novo flagelo que atinge Portugal.
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Crise de líderes
“Temos uma crise de líderes no Governo, temos uma crise de líderes nos partidos, temos uma crise de líderes entre os empresários e temos uma crise de líderes nos sindicatos”, foi a sua afirmação peremptória.
Acusou ainda os políticos de falarem “do que não sabem e prometem o que não podem cumprir”.
Para Belmiro de Azevedo não são necessários novos governantes: “Não precisamos de novos líderes, mas sim de bons líderes que tomem boas decisões”, acrescentou.
O presidente da SONAE critica a aposta do Governo no investimento público, referindo que tem dúvidas de que as grandes obras públicas ajudem a diminuir o desemprego e que vai haver muitos desempregados “altamente qualificados” e “muitos desqualificados para fazer pontes ou abrir túneis”.
É a radiografia que aquele empresário faz do estado actual das coisas.
Perante a situação económica actual, que alguns economistas dizem que o pior ainda estará para vir, ficamos espantados com as afirmações do actual primeiro-ministro publicadas ontem e que dão conta de que não quer fazer “qualquer pacto de regime com os sociais-democratas” com vista ao combate à crise económica e financeira em curso.
Ora, em momento tão grave para o nosso país em que só vejo uma saída possível, na minha modesta opinião e que era a formação de um Governo de Salvação Nacional que englobasse todos os partidos políticos, como é possível um líder não ver isso?
O actual Governo não devia recusar qualquer pacto, deveria, isso sim, era procurar com os restantes partidos encontrar uma forma – fosse um pacto ou qualquer outra – para criar as bases concretas para a resolução da crise, pois já basta não sabermos até onde ela irá e como terminará.
Perante isto, o que vemos? Governo e oposição continuam a empunhar as suas bandeiras partidárias e esquecem-se de que têm obrigações para com o povo que os elegeu.
Certamente que estes políticos não estão preocupados em perder o emprego ou as suas economias, pois sabem que para eles haverá sempre. Onde está a moral desta gente?
Não estarão esquecidos de que começam a pregar a estômagos vazios? O que poderá vir a acontecer em futuro muito próximo?
Seria bom que aqueles que detêm qualquer poder, sobretudo sobre a comunidade, reflectissem um pouco, pois se tal fizerem vão mudar de atitude e pensamento.
O povo português certamente que ficaria muito agradecido, mesmo sabendo que é essa a obrigação do Governo, mas se não o fizerem, a história os julgará.
terça-feira, janeiro 20, 2009
Obama: uma esperança?
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Barack Obama é uma mensagem de esperança para os USA e para o Mundo. Cumpriu-se a profecia de Martin Luther King 45 anos depois, agora resta esperar que o novo presidente seja fiel aos valores de igualdade, liberdade e dignidade para todos os homens e povos.
quarta-feira, dezembro 31, 2008
Bom Ano 2009
quarta-feira, dezembro 24, 2008
Natal hoje
terça-feira, novembro 18, 2008
Dia da folha
terça-feira, novembro 04, 2008
Política
No dicionário da língua portuguesa encontramos, para quem não sabe, o significado desta palavra: ciência ou arte de governar uma nação; orientação administrativa de um governo e por aí adiante. Ou seja, as pedras basilares do exercício da política deveriam ser a arte, ciência e orientação em prole dos povos que cada nação administra. Leram bem, sim, eu disse: deveriam ser, mas de facto não são, ou antes, aqueles substantivos têm uma interpretação oposta ao seu verdadeiro significado. Exercer política é uma arte nobre, sempre a entendi como tal, mas há políticos que fazem da mesma uma reles arte onde a verdade e a defesa do cidadão não têm lugar. Mas isso não sucede apenas em Portugal, acontece um pouco por tudo o mundo. Contudo, neste momento o que nos interessa é o nosso país, vamos reflectir um pouco sobre isso. Confesso que, pessoalmente, nunca me inclinei para a prática política, mas a verdade é que a mesma é tão importante nas nossas vidas que nunca descurei o acompanhamento desse exercício ao longo da minha vida. Não tive oportunidade de exercer a cidadania - através do voto - antes do levantamento de 25 de Abril de 1974, mas após essa data nunca permiti aos outros que decidissem por mim, mesmo quando aqueles em quem votei não cumpriram o que haviam prometido. Se eles não foram sérios, eu fui coerente e espero continuar a ser. É através do exercício da governação que um povo pode, ou não, ter uma vida digna. Há todo um conjunto de "poderes" - só ao alcance de quem os exerce - que acaba por ser imposto a uma nação, sem que aqueles que a compõem disponham de meios para se defenderem, mesmo em democracia. Nós elegemos um governo, mas este depois de eleito passa a deter o poder de nos representar, mesmo que actue contra os nossos interesses! É a dura realidade. Um governo tem a obrigação de proporcionar a todos os cidadãos as condições e os meios necessários à vivência de um dia a dia com dignidade, isso faz parte do articulado da Constituição da República e como tal deveria ser respeitado. Contudo, olhando em volta, o que vemos? A sociedade portuguesa é formada agora por duas camadas de população: os que estão bem na vida e aqueles que pouco ou nada têm. Dirão: mas sempre houve ricos e pobres, sim, isso é verdade, mas será bom notar que o número daqueles que pouco têm ainda não parou de aumentar. O nosso país é o que tem menor rendimento per capita na União Europeia, isso diz-nos alguma coisa? Claro que diz, pois sentimos na pele, apesar de nos quererem convencer que isto nunca esteve tão bom, de facto está bom, mas apenas para alguns. Eu nunca fui, nem sou contra os políticos, apenas abomino a forma como esses senhores fazem politica. Certamente que todos queremos políticos sérios e competentes para nos dirigirem, mas eu começo a perder a esperança de ainda ter a felicidade de beneficiar de uma situação onde esses valores sejam postos em prática por aqueles que detêm o poder. Estamos no meio de uma crise financeira que dentro de pouco será económica a nível mundial, estão a ser tomadas decisões que vão afectar o nosso presente e possivelmente o futuro dos nossos filhos e netos, devemos exigir que aqueles que elegemos cumpram o seu dever. Há alguns anos que estamos a assistir ao peso do Estado sobre o cidadão, será que isso vai continuar? Haverá alguma diferença entre o esmagamento económico do cidadão e aquele que outrora foi feito pelos tanques em Praga, por exemplo? Claro que há, mas a imagem tem que ser rude e suficiente explicativa. Já "cheira" a eleições e a única arma do povo é o voto. Espero que cada um de nós seja capaz de se exprimir livre e conscientemente no sentido de entregar os destinos da nação a dirigentes que reúnam condições morais para tal. O voto é das poucas coisas que nos resta da democracia, saibamos usá-lo em favor dos que mais precisam, daqueles que pouco ou nada têm.
quarta-feira, outubro 29, 2008
Menina à janela
segunda-feira, outubro 20, 2008
Natureza sublime
sábado, outubro 11, 2008
Sonhos, só sonhos
quarta-feira, setembro 24, 2008
Espelho da alma
quinta-feira, setembro 11, 2008
A Verdade
Quando comecei a escrever este texto pensei em muitas coisas que poderiam ilustrar a verdade, mas na realidade tive dificuldade em articular os sentidos na procura de uma imagem que, porventura, pudesse consubstanciar a verdade. Acabei por escolher uma foto de água límpida de uma ribeira envolta por grandes pedras. O significado é óbvio. Todos nós somos livres para aceitar, defender e praticar a verdade, praticar sim, pois a verdade pratica-se. A verdade é um bem precioso, inestimável e pode ser um factor de união da humanidade, assim como a mentira é um mal execrável, podendo ser uma forma de divisão desumana e até cruel.
A nossa sociedade actual não dá valor à verdade, mas viver sem ela é impossível. Vida sem verdade não é vida. Dizer sim quando deve ser e não quando tem de ser não é fácil, pois por vezes tem que ser contra tudo e contra todos. Vergílio Ferreira diz no seu livro Pensar: berra o teu sim ou o teu não e deixa aos fracos o talvez. Os erros passam, mas a verdade fica porque faz parte do nosso ser.
No dia a dia somos confrontados com a falta de verdade que nos surge de todos os quadrantes, a comunicação social que entra em nossas casas veicula mais a mentira que a verdade, utilizando muitas vezes as meias verdades para vender o seu peixe. Em Portugal – e no Mundo – há uma classe de pessoas que, em permanência, faz o jogo interpretativo da verdade de uma maneira peculiar: os políticos. Eles não “mentem” – sabem que, por chamar mentiroso a alguém, o sujeito pode processar-nos? - apenas não dizem a verdade, na maior parte dos casos, contornando-a.
A apreciação que o escritor Eça de Queiroz fazia em 1867 dos políticos de então assenta bem – ainda hoje – à nossa classe política:
“Ordinariamente todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expedientes. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha.
Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867).
Apesar do que acima fica dito, ainda penso que não devemos generalizar, mas a excepção à regra é muito reduzida. Os povos têm direito à verdade e nem o Estado se deve sobrepor a tal disposição. Democracia e liberdade não são incompatíveis com a verdade e devem ser respeitadas pelos governantes até ao limite, só assim terão direito ao apreço do povo que governam.
sexta-feira, agosto 29, 2008
As grades da vida
segunda-feira, agosto 25, 2008
Solidão
Em ti jamais me sentarei
Quero estar pronto no Estio
Mas só de pé me manterei
*
Quando chegares irmã morte
Encontrar-me-ás à espera
Leva-me em tua sorte
Serei tudo menos o que era
*
Em pé continuarei a ser eu
Firme nas convicções vividas
Só hirto e gelado serei teu
Qual esfinge de feições lívidas
*
Corpo despido de matéria
Serei apenas alma do Criador
Longe estará a miséria
De uma vida sem amor
*
Esperança é porto firme
Luz é lugar perene
À vida das trevas serei imune
Com o meu Senhor ao leme
*
Voarei para lugar marcado
Sem amarras e sem asas
Deixarei o meu pecado
Levitando sobre as casas
*
Sem pés caminharei
Sem braços abraçarei
Àquele que me receber
Meu coração entregarei
*
Parece irreal mas chama-se lucidez
O pensamento é livre e divaga
Sempre quis a pura nudez
Mesmo que seja uma verdade amarga
*
Para além da morte há vida
Qual será o seu sentido?
Pergunto porque tenho dúvida
Ai de alguém que me tenha mentido
*
Se for verdade rejubilarei
Mas se for mentira revoltar-me-ei
Apesar disso pouco me importa
Porque na verdade não sei onde estarei
ES
domingo, agosto 10, 2008
Tempo de ter Tempo
domingo, março 23, 2008
Ressurreição
sábado, fevereiro 16, 2008
Somos pó
"Lembra-te que és pó. E ao pó retornarás". A frase é do livro de Eclesiastes e tem a finalidade de lembrar ao homem a sua condição perecível e transitória neste Mundo. A Igreja católica recorda-a em quarta-feira de Cinzas apelando aos crentes no sentido da penitência. Para católicos ou não, esta é uma realidade intransponível, independentemente da sua vontade. A matéria humana de que somos feitos tem o seu princípio e fim. No entanto, enquanto vida, é solidificada pela alma que, essa sim, permanecerá para sempre. Porém, será lícito que me respondam: isso é uma questão de fé, também é verdade, mas sem fé nada conseguimos e através dela mantemos a esperança na luta por uma vida melhor, acreditando que existe algo mais para além de um corpo que se tornará em pó. Abençoados aqueles que acreditarem, disse o Senhor. Estas palavras vêm no contexto da Vida que o Criador nos concedeu. Nada - no sentido material e da compreensão humana - nos prova que haja vida para além da morte, por isso a fé é um dom de Deus e como tal devemos cultivá-la. A Igreja católica, pela voz da bispo do Porto, D. Manuel Clemente, advoga que para esta quadra quaresmal (o tempo de preparação para a ressurreição do Senhor) as ofertas dos fieis sejam canalizadas para "tudo quanto defenda e promova a vida, da concepção à morte natural". Instituições de solidariedade social que promovam a assistência à terceira idade, apoio aos toxicodependentes ou combatam a prostituição, poderão ser contemplados pela sua acção. É uma forma digna e eficaz de apoiar a Vida. Todos nós, católicos ou não católicos, temos em consciência a obrigação de apoiar a Vida que é um valor supremo - mesmo que a sociedade não o faça e os poderes constituídos não assumam o seu dever em promovê-la, apoiá-la e defendê-la. Cristo morreu para nos dar a Vida, não desistamos dela e teremos a devida compensação. Paz e bem para todos.