sábado, setembro 30, 2006

Animais nossos amigos



Se os santos gostam dos animais, porque é que nós não havemos de lhes querer bem também? Por princípio, respeito e estimo os animais. Em casa, os meus filhos tiveram sempre uma inclinação especial para os gatos e cães. Ao longo de muitos anos acolhi quer uns, quer outros. Tenho episódios passados que, só de me lembrar, sorrio com alguma nostalgia. Apenas duas passagens. Um dia tive que subir a uma árvore de um vizinho, um pinheiro de jardim - já alto, entroncado e de espessa ramagem - pois o gato tinha subido ao pinheiro e miava de aflição por não conseguir descer. Peguei num saco, engatinhei pela árvore e trouxe o amigo para baixo, mas os custos foram elevados: apesar do cuidado, fiquei todo arranhado da escaruma e pequenos ramos secos que picavam como agulhas. De outra vez, andei horas à procura de um felino que desapareceu. Pensando eu que ele tinha perdido o "tino" à casa, percorri quilómetros, mas não o encontrei. À noite fui ao terraço das traseiras e chamei por ele. Com espanto ouvi miar ao longe, repeti o chamamento e ele voltou a miar mais ainda, logo percebi que era o bichano que havia desaparecido. Estava num quintal inculto a cerca de 300 metros de casa, por detrás de imóveis com muros em volta e portanto não conseguia sair. Apesar de ser já bastante tarde, encetei a procura e com a ajuda preciosa de moradores daqueles prédios acabei por resgatar o gatinho e trazê-lo para casa. Mas foram muitas as boas e más recordações com que fiquei dos gatos que acolhi. Esta foto foi tirada há mais de um ano, um gatinho que a minha filha trouxe para casa e ao qual deu o nome de "bitchoia". Como era eu que normalmente tratava deles - como aconteceu com muitos outros -, ele gostava muito de estar perto de mim. Passava horas na carpete do escritório onde eu trabalhava, naquela posição, patinhas encolhidas, ronronando uma vez por outra, só saindo quando eu me levantava para fazer alguma coisa fora da sala. Passado uma semana de eu haver tirado esta foto, o "bitchoia" desapareceu, nunca mais volveu a casa. Teria ido às gatas e alguma o seduziu?

sábado, setembro 23, 2006

Beleza no entardecer


O entardecer do dia também enuncia beleza. Para aqueles que querem viver a vida em pleno, o final de algo nunca é fortuito, mas é encarado como um ciclo normal. Afinal só acaba aquilo que começou - ou se iniciou. Nessa etapa da vida, torna-se necessário fazer o balanço que poderá ser positivo ou negativo, de acordo com os nossos critérios. Quando iniciamos a caminhada, possìvelmente pensamos - ou traçamos - objectivos, quando fazemos o percurso final, também os devemos ter em conta. Não olvidando o tempo passado e aproveitando a experiência adquirida, só temos que assentar os pés na terra e dizer: ainda quero fazer. Cada um de nós sabe o que deseja e só tem que delinear o caminho, independentemente do tempo que tiver de vida. Será bom ter sempre presente que no fim do dia vem a escuridão, mas no dealbar de outro dia, surge a luz que, com todo o seu resplendor nos poderá ajudar a caminhar com esperança e porque não, com alegria. Eis uma sugestão que vos deixo ficar, lembrando que depois do negrume desponta a luz que poderá irradiar e transformar a nossa vida. Um bom fim de semana para todos.

quinta-feira, setembro 21, 2006

segunda-feira, setembro 18, 2006

Casamento gay no exército espanhol


Os noivos: Alberto Marchena e Alberto Fernández




Alcaide de Sevilla, noivos e madrinhas
Fotos de Kako Rangek

CASAMENTO GAY EM ESPANHA – A notícia

Com muita pompa, circunstância e sobretudo curiosidade, teve lugar na cidade de Sevilha-Espanha em 15 de Setembro passado a “boda” (casamento) de dois jovens espanhóis, Alberto Marchena de 27 anos e Alberto Fernández de 24 anos, com a particularidade de serem ambos militares do exército espanhol (aviação).
Após a alteração à legislação da vizinha Espanha que passou a permitir o casamento entre homossexuais, este foi o primeiro celebrado naquela cidade pelo alcaide Alfredo Sánchez Monteseirín.
O evento que, segundo as notícias, decorreu com normalidade, atraiu muitos curiosos e a imprensa, rádio e televisão. À entrada para o Ayuntamento de Sevilla, os noivos foram recebidos por um coro que cantou uma sevilhana. Curioso o estribilho da sevilhana: “Quanto te quero, este amor não tem cura, eu por teus beijos me perco neste mar de loucura”.
O povo da Andaluzia é exuberante e certamente que caprichou, viva a alegria e o mar de loucura.
Se desejar ver a notícia em pormenor – sugiro também a leitura dos muitos comentários, dado a diversidade de opiniões – consulte http://www.20minutos.es/





Pintura famosa de Adão e Eva no Paraíso



Comentário: os leitores habituais deste espaço possivelmente vão ficar surpreendidos com este texto, é natural pois quando existem tantos problemas em nosso redor no dia a dia, para quê falar de um casamento entre homossexuais e ainda para mais em Espanha?
De facto, pelo melindre do assunto não é fácil explicar, mas como é uma questão de princípio e valores, vou abordar o assunto, embora deva acrescentar que é a minha opinião pessoal que expresso e portanto espero a vossa tolerância.
Comecei por colocar a foto de uma pintura famosa que representa Adão e Eva, isso já permite deduzir algo do meu pensamento. Se verificarem, quando iniciei a notícia utilizei a palavra em espanhol “boda” que em português tem o significado de casamento – lá também – e porquê? SEM ser preconceituoso, discordo que a união entre dois homens (ou mulheres) seja considerado casamento. A história de milhares de anos está a ser alterada – será evolução ou regressão? - e os conceitos de vivência também. Está a sobrepor-se o individualismo sobre o colectivo, quando nós vivemos numa sociedade cada vez mais globalizada e globalizante. No sentido prático, qual a contribuição destas uniões para as gerações futuras? Não querem a continuidade, vão fazer adopções de filhos ou será apenas para satisfazer um direito que agora lhes é reconhecido (bem ou mal) ?
Cientìficamente não está provado que a homossexualidade seja adquirida através dos genes e portanto será uma questão de comportamento, em meu entender aberrante e contra natura.
Na cerimónia realizada, o Alcaide de Sevilha incentivou os dois jovens a “criarem uma família comprometida com a sociedade com igualdade e diversidade”. Penso que o conceito família – neste caso – está deturpado ou pelo menos é pouco claro. Não imagino o futuro do mundo com este tipo de famílias, creio que apenas servirão as ditas minorias, sejam homens ou mulheres. Que tipo de amor poderá unir estas famílias? Responda quem souber. A minha discordância nada tem a ver com motivos religiosos, mas sim por apelidarem este tipo de ligação como sendo casamento, podem dar-lhe outra designação, mas essa não é correcta tendo em conta os parâmetros naturais e históricos. Num casamento entre homem e mulher existe amor, atracção, um relacionamento de prazer, mas com objectivos que vão para além do próprio casal. Numa união homossexual também poderão estar presentes esses sentimentos, mas quanto a objectivos de procriação…… acho que estamos falados.
O ser humano tem liberdade de pensar e agir – no caso de Espanha até tem lei que permite estes enlaces -, só dessa forma eu admito as uniões deste género. Respeito a sua liberdade, mas não pactuo pelo que atrás explícito. Não me considero antiquado nem tão pouco “prá frentex”, é uma questão de princípios e bom senso. Afinal a vida é para ser vivida da melhor forma possível, mas tudo que é contra a natureza das coisas é nefasto ao ser humano. Que fique bem claro que não tenho nada contra os homens e mulheres que escolhem essa via de comportamento, apenas discordo, fazendo uso da liberdade que assiste a qualquer um, aos que seguem esse caminho e àqueles que como eu, não seguiram nem seguirão. É tão simples e claro como água cristalina que brota da montanha.


O povo diz que o casamento - normal ou tradicional - é uma carta fechada, será que em relação à união de homossexuais poderemos dizer que é um livro aberto à liberdade individual, ou pelo contrário poderá ser um livro que fechará um ciclo da história da humanidade? O desafio está feito, espero que haja leitores com coragem para debater o assunto, terei todo o prazer em os receber. Estou convicto de que haverá algo de positivo nestas uniões, portanto vamos tentar encontrar o lado bom e contrinuir para o aprofundamento da questão, valeu?

terça-feira, setembro 12, 2006

O Jardim do vizinho












Este post é uma homenagem à natureza e àquilo que é uma das suas mais belas oferendas para todos nós. Sempre gostei de flores, pois vejo através da imensidão das suas cores a pureza que nos permite imaginar o belo, para além do agradável odor que nos proporcionam. Se fosse pintor, o meu tema preferido seriam as flores, mas como gosto de fotografia é através de imagens que me exprimo. Tenho o prazer de ter a amizade de um vizinho que também gosta de flores. Estas fotos são dos seus canteiros, mesmo em frente à vivenda. Embora reformado, continua sempre activo, após ter deixado algumas dezenas de anos como gestor hoteleiro. Para além de outras actividades, tem uma paixão que lhe ocupa algumas horas durante o dia: as suas flores. Ele confessou-me que não "percebia" nada do seu cultivo, mas embrenhou-se no seu estudo, foi fazendo e hoje vemos o carinho com que trata das plantas. A prova disso está nas imagens que captei, as fotos são de minha autoria, mas o artista é ele. Parabéns. Certamente que o meu amigo terá tanto prazer como eu em vos proporcionar a possibilidade de disfrutar da beleza de flores simples, mas que "dizem" muito a quem - através delas - vê o carinho e amor pelas coisas boas da vida.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Pensamento de Vida


Dado que se trata de um pensamento, seria suposto nada mais acrescentar. Apesar disso, eu queria transmitir-vos um axioma que aprendi e que poderá ajudar positivamente a compreender melhor a meta, independentemente de concordarmos ou não. Ver, julgar e agir é algo que deve estar sempre presente na nossa acção. Uma boa avaliação exige uma tomada de posição firme e precisa, afinal é da nossa Vida que falamos, não é verdade?