
AMAR
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui...além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Este poema de Florbela Espanca que viveu na procura da felicidade mas limitada pelas suas frustações e anseios, revela um sensualismo próprio, quase erótico. Nesse contexto, a palavra amar tem um significado profundo e muito sui géneris.
É uma homenagem que presto à poetisa que tão cedo abandonou aqueles a quem amava e simultâneamente aos que cultivam o sentimento do belo, especialmente às minhas leitoras com um beijinho - mesmo virtual - de gratidão.
É uma homenagem que presto à poetisa que tão cedo abandonou aqueles a quem amava e simultâneamente aos que cultivam o sentimento do belo, especialmente às minhas leitoras com um beijinho - mesmo virtual - de gratidão.
Um comentário:
Aprecio Florbela Espanca!
É sempre um prazer LER
este poema.
Bjs
ConchitaMachado
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